Fila Brasileiro



A teoria mais aceita atualmente a respeito da origem do Fila Brasileiro é a que reconhece que, durante o período de colonização portuguesa, muitos cães foram trazidos dos Açores pelos colonos. Estes cães pertenciam à raça Fila de Terceira ou Fila Terceirense. Os primeiros cães foram cruzados com outras raças como o Bloodhound, o Mastiff e o Antigo Bulldog, também chamado Doggen Engelsen.

O Fila Brasileiro ajudou os colonizadores na conquista de nosso território, exercendo diversas funções como guarda, caça, proteção contra animais selvagens, pastoreio e companhia. Ao longo da história sempre teve função de guarda em casas e, principalmente, fazendas, que é seu habitat. Porém, além disso, também era usado para auxiliar na captura de escravos fugitivos. Às vezes era usado como boiadeiro, embora não seja sua característica marcante.

A primeira aparição da raça em exposições ocorreu no ano de seu reconhecimento pela FCI (Federação Cinológica Internacional), 1946, em um evento do Kennel Clube Paulista.

O Fila Brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era a raça nacional com maior número de registros. Nesta mesma época começaram a ocorrer as primeiras mudanças em seu padrão oficial (1984). A mais marcante foi a decisão dos criadores da época de abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior.

O Fila Brasileiro é um típico molosso. Possuidor de uma poderosa ossatura, sua figura retangular e compacta é harmoniosa e proporcional. Apresenta, aliada a uma bem desenvolvida massa muscular, grande agilidade concentrada e facilmente perceptível. Seu porte e andar quase felino são suas características físicas mais marcantes. Possuem grande vigor, são hábeis nadadores e muito resistentes a mudanças climáticas. 



Dotado de coragem, determinação e valentia notáveis, o Fila Brasileiro é um cão sereno, que se destaca pela obediência, docilidade, fidelidade e devoção extremas aos donos, cuja companhia procura insistentemente. Além disso, é extremamente tolerante com as crianças. No entanto, é arredio com estranhos, não admitindo maiores intimidades.

A pelagem é formada por pêlo baixo, macio, espesso e bem assentado. São permitidas todas as cores sólidas, tigradas de fundo nas cores sólidas, com rajas de pouca intensidade até os fortemente rajados, podendo ou não apresentar máscara preta. Em todas as cores permitidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda.